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Desdobramento, fenômeno natural - Veleiro encalhado no gelo em 1828, ajuda a muitos a entender o fenômeno, principalmente enquanto dormimos.

O fato é que hoje se torna comum ouvir depoimentos de pessoas que percebem certos fenômenos em suas vidas, por exemplo, ao dormir saem de seus corpos em desdobramentos, mas sem saber do que se trata, ou por falta de esclarecimentos sentem-se desorientados.

Temos um exemplo ocorrido em 1828 e registrado pelo Jornal The Mercury, na Cidade de Hobart, Austrália, que poderá servir de ajuda, pois está bem explicado com detalhes pelo Racionalismo Cristão no Livro A Vida Fora da Matéria, edição internet.

Veleiro, perto das costas da Terra Nova, no qual viajava Robert Bruce. Para que nenhuma dúvida possa pairar no espírito do leitor sobre o fenômeno do desdobramento, e como este se pode dar sem que a pessoa se lembre do que consigo se passou, vamos relatar, neste e nos próximos seis quadros, um fato registrado no Almirantado Inglês, onde se acham arquivados os documentos relativos ao caso.

A tripulação deste navio, encalhado no gelo, em alto mar, encontra-se no auge do desespero, pois não havia a mais remota possibilidade de salvamento.
No convés do navio encalhado, adormecido a um canto, vê-se um marinheiro, cujo duplo-etéreo se desliga do corpo físico e vai ter ao navio representado no primeiro quadro acima.
O desdobramento dá-se quando o corpo dorme ou a criatura está em concentração. O espírito se desprende do corpo, forma o seu corpo astral e se afasta, continuando todavia sempre ligado ao corpo físico por cordões fluídicos.
O duplo etéreo, do marinheiro do navio encalhado, encaminha-se para a cabina do comandante do navio do primeiro quadro, sendo, então, aí notado pelo Sr. Robert Bruce que, espantado por ver, naquele lugar, um indivíduo que não conhecia nem pertencia à guarnição do navio, avisa ao comandante de que um estranho se dirige para o seu compartimento.

A forma Astral Superior que, em feitio de um pequeno Sol, com alguns raios luminosos, se vê sobre a cabeça do duplo-etéreo, mostra a boa assistência do desdobrado, e como esta boa assistência o encaminhou para o outro navio, de onde poderia vir o socorro.

Chegado o duplo-etéreo do marinheiro adormecido à cabina do comandante, senta-se na banca pertencente ao mesmo, e escreve, numa ardósia, o perigo em que se encontra o navio encalhado no gelo, e a sua posição exata.

Tendo o Sr. Bruce e o comandante do navio em que viajava, lido o que o desconhecido escrevera na ardósia, embora já não mais vissem alguém no referido compartimento, encaminharam o navio — apesar de atônitos e um pouco hesitantes — para o local indicado, e lá, de fato, encontraram o navio sobre uma montanha de gelo, conforme se observa neste quadro.

Mostra esta gravura que socorridos a tempo todos os náufragos, e recolhidos a bordo do navio em que viajava o Sr. Bruce, inclusive o marinheiro que se desdobrou durante o sono para avisar a tripulação do navio que salvara do risco que corriam o barco e a tripulação, todas as atenções se voltaram para esse marinheiro, reconhecido pelo Sr. Bruce como sendo o que estivera no seu navio, pedindo socorro.

Este alegou, surpreso, que não sabia dar explicação alguma a respeito do assunto, embora tudo o que estava vendo agora lhe parecesse já ter visto antes. Essa série de gravuras demonstra, sem sombra de dúvida, que embora dormindo, podem os seres humanos ir a lugares diferente e distante, evitando, até mesmo, desastres.


Contudo, esse fenômeno nada tem de milagroso, misterioso, ou mesmo sobrenatural, porque tudo quanto existe no Universo obedece a leis comuns, naturais e imutáveis.

O desdobramento dá-se quando o corpo dorme ou a criatura está em concentração. O espírito se desprende do corpo, forma o seu corpo astral e se afasta, continuando todavia sempre ligado ao corpo físico por cordões fluídicos.

O Racionalismo Cristão tem suas reuniões de desdobramento que são realizadas na Casa-Chefe e nas filiais duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, e, como nas reuniões públicas e pelas mesmas razões, em quatro horários: às 19 horas, às 19h30min., às 20 horas ou às 20h30min. Sua duração é de trinta minutos.

Vejamos o que diz o noticiário da época, com a versão em português ao lado, sobre o ocorrido em 1828, porém publicada em 1861 no Jornal The Mercury, na Cidade de Hobart, Austrália.


A PROVIDENTIAL APPARITION
The following (vouched for)
appears in the London Review:
In the year 1828, a Mr. Robert Bruce was chief mate of a barque trading from Liverpool to New Brunswick.
When near the banks of Newfoundland, the captain and mate were one day calculating their progress-the mate in the state room, and the captain in the cabin near it. Being absorbed in his work, Bruce had not per- ceived that the captain had gone on deck ; and, without looking round, he called out, " I make our longitude so-and-so ; can that be right ? How is your's sir ?"
Receiving no reply, he re- peated the question, glancing over his 
shoulder,and perceiving, as he thought, the captain busy writing on his slate. Still receiving no answer, he rose, and fronted the cabin door, when the figure he had mistaken for the captain looked up, and disclosed the features of an entire stranger.
Bruce, terrified at the grave and silent gaze, rushed upon deck, and the captain, of course, begged to know what was the matter. "The matter,sir,who is that at your desk?" No one, that I know of." '.
But there is, sir, there's , a stranger there." " A stranger! why' man, you must be dreaming. You must have seen the steward there, or the second mate.. Who elso would venture down without orders ?"
"But sir,he was sitting in you arm chair,fronting the door, writing on your slate. Then he looked up full in my face, and if ever I saw a man plainly and distinctly in this world, I saw him." " Him ! whom ?" " God knows, sir, I don't. I saw a man-and a man I had never seen in my life before." " You must be growing crazy, Mr. Bruce. A stranger ! and we nearly six weeks out ?" " I know, sir, but then I saw him."
" Go down, and see who it is." Bruce hesi-
tated. " I never was a believer in ghosts." he said, " but if the truth must be told, sir, I had much rather not face it alone. I'd rather we should both go down together."
They went-the captain foremost-but no one was to be found. Taking up the slate, the cap- tain saw the words plainly written on it, " Steer to the nor'-west." Bruce averred it was not his writing, and the captain made him put down the same words to compare them. The same he did with the stewartd, the second mate, and every man of the crew that could write at all, but none of the hands corresponded.
When every nook and corner of the vessel had been searched from stern to stern, with all the eagerness of excited curiosity, and no stranger could be found, the captain seriously consulted whether the warning ought not to be obeyed ; and finally he directed the mate to change the course to north-west, and employed a trusty man to look out. About three o'clock an iceberg was descried,and afterwards a dismantled ship entangled in it, with many human, beings on board.
On a nearer approach she was found a mere wreck, her provisions ex- hausted, and her crew and passengers nearly famished. Boats were sent for them, and as one of the men from the third boat was ascending the ship's side, the mate started back in con
fusion-for it was the face, the person, the dress
of him he had seen at the captain's desk three or four hours before.
When the hurry was over, and the barque was on her course again, the mate called the captain aside. " It seems it was not a ghost I saw to-day, sir. The man's alive. One of the passengers we have just saved is the same man I saw writing on your slate at noon. I would swear to it in a court of justice."
To- gether they sought out the man : and the cap- tain, inviting him down into the cabin, begged he would do him the favour to write onthe slate. " Suppose you write ' Steer to the nor'-west?' " The passenger, greatly puzzled at the request, complied nevertheless. The captain stepped aside, and giving him the slate again with the other side up, he said, " You say that is your hand writing ?" "I need not say so, for you saw me write it." " And this ?" said the captain, turning the slate over. The passenger was confounded ; "I only wrote one of these." " Who wrote the other ? " " That's
more than I can tell you, sir. " " My mate says that you wrote it here-sitting at this desk-at noon to-day. " Some further conversation took place, in which the captain of the wreck, being present, joined. He explained that this gentleman had fallen into what seemed a heavy sleep, some time before noon, and on waking an hour or so after, had expressed his confident hope of deliverance saying that he had dreamed of being on board a barque, the appearance andrig of which he described, exactly as it appeared when she hove in sight. The passenger averred that he had no recollection of dreaming that he wrote anything. He got the impression, he knew not how, that the barque was coming to the rescue.
" There is another thing very strange about it, " added he, " everything here on board scorns quite familiar, yet I am very sure I was never in your vessel before. "
Where upon Mr. Bruce told him all the circum- stances of the apparition he had seen, and they agreed in the conclusion that it was a special in- terposition of Providence.
UMA APARIÇÃO PROVIDENCIAL
O que se segue (conforme se atesta) aparece no London Review :
No ano de 1828, Sr. Robert Bruce era o imediato de uma embarcação fazendo negócios entre Liverpool e New Brunswick.
Quando perto das margens de Newfoundland, o capitão e o imediato estavam um dia calculando seu progresso - o imediato na cabine privativa e o capitão na cabine próxima a ela. Absorto em seu trabalho, Bruce não percebeu que o capitão tinha ido ao convés; e, sem olhar em volta, ele disse: “Eu calculei nossa longitude de tal maneira; estaria certa? Como está seu cálculo, senhor?”
Não recebendo resposta, ele repetiu a pergunta, olhando sobre seu ombro, e percebendo, como ele pensava, o capitão ocupado escrevendo em sua lousa. Ainda sem receber resposta, ele levantou e ficou de frente à porta da cabine quando a figura que ele confundiu com o capitão o olhou e mostrou as feições de um completo estranho.
Bruce, apavorado com o olhar sério e silencioso, correu para o convés, e o capitão, naturalmente, perguntou qual era o problema. “O problema, senhor, quem é esse em sua mesa?”
“Ninguem, que eu saiba.”
“Mas há, senhor, há um estranho lá.”
“Um estranho! porque, homem, voce deve estar sonhando. Você deve ter visto o comissário ou o segundo imediato. Quem mais iria se aventurar até ali sem ordens?”
“Mas senhor, ele estava sentado em sua cadeira, de frente para a porta, escrevendo eu sua lousa. Então ele olhou em cheio para mim, e se algum dia eu vi um homem clara e distintamente nesse mundo, eu o vi.”
“Ele! quem?”
“Deus sabe, senhor, eu não. Eu vi um homem - e um homem que eu nunca vi antes em minha vida”
“Você deve estar ficando louco, Sr. Bruce. Um estranho! e estamos fora há quase seis semanas?”
“Eu sei, senhor, mas então eu o vi”
“Desça, e veja quem é”. Bruce hesitou.
“Eu nunca acreditei em fantasmas.” ele disse, “mas se a verdade deve ser dita, senhor, eu prefiro muito não enfrentá-lo sozinho. Eu prefiro que nós dois desçamos juntos”
Eles foram - o capitão mais na frente - mas ninguém estava lá. Pegando a lousa, o capitão viu as palavras claramente escritas nela, “Vire para noroeste”. Bruce afirmou que não era sua escrita, e o capitão o fez escrever as mesmas palavras para compará-las. O mesmo ele fez ao comissário, ao segundo imediato, e todo homem da tripulação que pudesse escrever, mas nenhuma escrita correspondeu.
Quando todos os cantos do navio foram vasculhados de proa à popa, com a ansiedade de uma curiosidade empolgada, e nenhum estranho pôde ser encontrado, o capitão consultou seriamente se o aviso não deveria ser obedecido; e finalmente ele ordenou o imediato a mudar o curso para noroeste e colocou um homem de confiança para olhar do lado de fora. Pelas 15 horas um iceberg foi descrito, e depois um desmantelado navio preso nele com muitos seres humanos a bordo.
Numa abordagem mais próxima, a embarcação foi encontrada simplesmente quebrada, suas provisões exauridas e sua tripulação e passageiros quase famintos. Botes foram enviados a ela e quando um dos homens do terceiro bote subia ao lado do navio, o imediato voltou-se em confusão - pois era a face, a pessoa, a roupa daquele que ele tinha visto na mesa do capitão três ou quatro horas antes.
Quando a agitação acabou e a embarcação retomou seu rumo, o imediato chamou o capitão de lado. “Parece que não foi um fantasma que eu vi hoje, senhor. O homem está vivo. Um dos passageiros que acabamos de salvar é o mesmo homem que vi a escrever na sua lousa ao meio-dia. Eu poderia jurar isso em uma corte de justiça.”
Juntos eles procuraram o homem: e o capitão, convidando-o à cabine, pediu a ele o favor de escrever na lousa. “Poderia escrever ‘Vire para noroeste?’”
O passageiro, altamente intrigado pelo pedido, concordou assim mesmo. O capitão ficou ao lado, e dando-lhe a lousa com o outro lado para cima, ele disse, “Você diria que essa é a sua escrita?”
“Eu não preciso dizer, pois você me viu escrever”
“E esta?” disse o capitão, virando a lousa. O passageiro ficou confuso;
“Eu só escrevi uma destas.” “Quem escreveu a outra?”
“Isso é mais do que eu possa dizer-lhe, senhor.” “Meu imediato diz que você escreveu isso aqui - sentado nesta mesa - ao meio-dia de hoje.” A conversa continuou, à qual o capitão do navio naufragado, estando presente, se juntou. Ele explicou que esse senhor caiu no que pareceu ser um sono pesado, algum tempo antes do meio-dia, e ao acordar cerca de uma hora depois, ele expressou uma confiante esperança em um livramento dizendo que sonhou estar a bordo de uma embarcação, a aparência e equipamento que ele descreveu, exatamente como apareceu quando ela ficou visível. O passageiro afirmou que não tinha lembrança de sonhar que escreveu coisa alguma. Ele teve a impressão, sem saber como, que a embarcação estava indo ao resgate.
“Há outra coisa muito estranha sobre isso,” adicionou ele, “tudo aqui a bordo soa bem familiar, apesar de eu estar bastante certo que nunca estive em sua embarcação antes.”
Ao que Sr. Bruce lhe disse todas as circunstâncias da aparição que ele viu, e eles concordaram na conclusão de que foi uma intervenção especial da Providência.

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Fonte:
Título: A providential apparition – Uma aparição providencial
Jornal: The Mercury - Hobart / Hobart Town - Austrália
Data de publicação: segunda-feira, 9 de setembro de 1861
Notícia original digitalizada:
(o site é da biblioteca nacional da Austrália)
Informações sobre o jornal: Wikipedia - The Mercury

Tradução do português: Anderson Rocha Tavares
Pesquisadores:
Carlos Alberto Yates e,
Wilson Candeias


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