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A união conjugal – Por Olga Brandão Cordeiro de Almeida

A união conjugal baseia-se no amor, que resulta de uma atração em que devem predominar as qualidades espirituais.

Casamento é contrato em que se empenha a responsabilidade pessoal — pedra fundamental da fidelidade futura. Não há espetáculo mais triste que ouvir confidências de cônjuges que não se entendem mutuamente e, por isso, fazem-se sofrer. Não serão tais confidências a negação da própria responsabilidade. A comprovação dessa evidência fortalece o ânimo de certos casais de entendidos, para que suportem seus temperamentos e alcancem, através de um grande esforço, a serena unidade tão necessária à vida em comum.

Quando há erro no casamento, a culpa está quase sempre em ambos, mas cada um a coloca no outro.
Não pense, quem pronunciou o sim no ato de realizar a união, que adquiriu um objeto que pode ser trocado na loja.

A vida conjugal é um bem, pois dá uma experiência tal, que esclarece o espírito, mas só é possível organizá-la com intimidade e liberdade. São esses os alicerces para uma união duradoura, criadora de planos de valor, úteis a cada um dos cônjuges e aos seres que deles provêm. Desconfiança, ciúme, ironias, julgamentos amargos, com ou sem razão, constituem grandes obstáculos à paz do lar.
Frágeis são os laços entre marido e mulher se não houver intimidade que consiste na troca de lealdade, ternura, respeito, auxílio e confidência. Dessa intimidade nasce, naturalmente, a liberdade que não é a que muita gente julga, mas a que consiste em respeitar a do ser amado.

Não se tece elogio, quando se afirma que “ele sabe dobrar a mulher” ou “quem manda e desmanda em casa é somente ela”. Foge sempre a pessoa que se sente instrumento nas mãos de outra. E quando isso acontece entre os cônjuges, acabou-se a intimidade, fugiu o amor.

Caminho certo na vida do casal é a compreensão mútua. Ao invés de julgar e condenar será mais proveitoso procurar a causa que provoca desarmonia.

A vida no lar se transforma num verdadeiro cárcere, quando um dos esposos procura dominar o outro, impedindo-o de exprimir-se à vontade aborrecendo-se com certas mudanças tão comuns com o decorrer dos anos. Ao contrário, torna-se agradável, se cada um se coloca no lugar do outro, esforçando-se para compreender-lhe a evolução interior colocando-se a seu lado como pessoa amiga, auxiliando-o, incitando-o a expandir-se livremente em relação a tudo que represente valor e bom senso.
O sentimento de fidelidade estabelece um meio ambiente de segurança que é um verdadeiro incentivo para as boas realizações na família. Embora sejam diferentes as reações dos cônjuges pela própria natureza do sexo, o homem sempre preso à personalidade, a mulher de estrutura menos autônoma, de atitude passiva, juntos, entretanto, formam um plano superior propício à educação da prole.

Embora sejam diferentes as reações dos cônjuges pela própria natureza do sexo, o homem sempre preso à personalidade, a mulher de estrutura menos autônoma, de atitude passiva, juntos, entretanto, formam um plano superior propício à educação da prole.

A união conjugal
Por Olga Brandão Cordeiro de Almeida

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