Seguidores

Jornalista Júlio César Ribeiro Vaughan - Agora atuo na Plêiade do Astral Superior


"Júlio Ribeiro - Um Jornalista comprometido com a verdade"

Júlio César Ribeiro Vaughan, preferiu ser chamado apenas de Júlio Ribeiro, jornalista, filólogo e romancista, nasceu em Sabará, MG, em 16 de abril de 1845, e faleceu em Santos, SP, em 1º de novembro de 1890. É o patrono da Cadeira nº 24, por escolha do fundador Garcia Redondo.

Era filho do casal George Washington Vaughan e Maria Francisca Ribeiro Vaughan, professora pública, com quem fez os estudos de instrução primária, matriculando-se depois em um colégio mineiro.

Deixou-o para vir estudar na Escola Militar do Rio de Janeiro, em 1862. Três anos depois, interrompia o curso militar para se dedicar ao jornalismo e ao magistério. Tinha adquirido, para essas atividades, os mais completos recursos: conhecia bem o latim e o grego e tinha conhecimentos de línguas modernas, além de conhecer música.


Fez concurso para o curso anexo da Faculdade de Direito de São Paulo, na cadeira de Latim, ainda na Monarquia. Na República, de cuja propaganda participara, foi professor de Retórica no Instituto de Instrução Secundária, em substituição ao Barão de Loreto.


O jornalismo talvez tenha sido o seu campo de atividade intelectual mais constante. Foi proprietário e diretor de diversos jornais, como o Sorocabano (1870-72), em Sorocaba; A Procelária (1887) e O Rebate (1888), em São Paulo. Colaborou também no Estado de S. Paulo, no Diário Mercantil, na Gazeta de Campinas, no Almanaque de São Paulo, nos quais publicava seus estudos sobre filologia, arqueologia e erudição em geral.

Foi um jornalista combativo, panfletário, polemista. Ao defender a própria literatura contra os que o atacavam, reconheceu: "Das polêmicas que tenho ferido nem uma só foi provocada por mim: eu não sei atacar, eu só sei defender-me, eu só sei vingar-me."


Quanto ao filólogo, procurou ajustar o rigor lusitano da língua aos moldes do linguajar nativo. Apesar disso, a sua Gramática portuguesa envelheceu, superada pelos estudos de filólogos posteriores.


Como romancista, filia-se ao Naturalismo. Seu romance A carne (1888) constituiu grande êxito, ao menos pela polêmica então suscitada, e com ele Júlio Ribeiro ficou incorporado ao grupo dos principais romancistas do seu tempo.

No momento em que foi publicado pareceu aos leitores impregnado da preocupação de exibicionismo sensual, o que provocou a irritação de muita gente. Vários críticos, entre eles José Veríssimo e Alfredo Pujol, atacaram o romance.


O ataque principal partiu do padre Sena Freitas, com o seu artigo "A carniça", publicado no Diário Mercantil. O romancista, espírito orgulhoso e altivo, republicano, inimigo acérrimo de batinas, revidou com uma série de artigos intitulados "O Urubu Sena Freitas", publicados em dezembro de 1888.

Livro a disposição
site Valdir Aguilera

Este episódio está recolhido no livro "Uma polêmica célebre." Não se trata de "um romance simplesmente obsceno", como dizia Pujol, nem é um romance cortado de episódios ridículos, como insinuava José Veríssimo.


Manuel Bandeira, em estudo que dedicou a Júlio Ribeiro, fez justiça ao romancista e ao seu romance.


Obras: Gramática portuguesa (1881); O padre Belchior de Pontes, romance, 2 vols. (1876-77); Cartas sertanejas (1885); A carne, romance (1888); Uma polêmica célebre (Edições Cultura Brasileira, 1934).

Fonte: Pesquisa livre na internet

Luiz de Mattos se referiu a ele dessa forma em seu livro " PELA VERDADE - A ação do Espírito sobre a Matéria - 9ª edição, 1983 - edição internet, pagina 9 - em "A cura dos Nervosos I"

O que nos importa são os Princípios que defendemos.
Desta forma, e além do que aí fica, diremos ao Dr. Austregésilo que o nosso saudoso e grande filólogo Júlio Ribeiro, mineiro de Sabará, escreveu, numa das suas notáveis e eruditas polêmica, o seguinte:

O homem que se sabe servir da pena, que pode publicar o que escreve e que não diz a seus compatriotas o que entende ser a verdade, deixa de cumprir um dever, comete o crime de covardia, é mau cidadão.



Disse, ainda, o mesmo escritor:

O homem público, na qualidade de homem público, não tem individualidade, é um órgão social.
Se a função que lhe corresponde saiu imperfeita, é que ele, como órgão, é defeituoso; e cada cidadão está no direito de apontar-lhe o defeito, o vício, e de citar-lhe o nome.


Disse mais o mesmo grande brasileiro que “repetir textos, não é mostrar ciência, é provar memória, e que é tempo de reconhecer-se que assim como há bacharéis sábios, há também sábios não bacharéis e indivíduos que, na frase de Michelet,” “são doutores aos quinze anos, e asnos toda a sua vida”, e concluía por afirmar que “escrever a verdade, mas só a verdade, é ter certeza de triunfo.” (Cartas Sertanejas, edição de 1885).


E no dia 02 de novembro de 1929 em reunião especial na Casa-Chefe do Racionalismo Cristão, o jornalista Júlio Ribeiro, como espírito liberto da matéria, contemplou a humanidade com a seguinte comunicação doutrinária, entre outras, registrada no livro “Comunicações de 1929”, página 31. Fonte: Biblioteca do Racionalismo Cristão - 2001

Enquanto a humanidade for ignorante, escrava de preconceitos sociais e, portanto, comezinha, pequenina, ínfima no seu raciocínio e intelecto, a sua vida no planeta Terra será infrutífera e vegetará como qualquer planta por vezes ainda daninha, porque não só se danifica a si própria como àqueles que dela se acercam.

Enquanto, portanto, o esclarecimento se não for fazendo e que ela pouco a pouco não vá caindo em si, quer pela dor, quer pela necessidade, nada em absoluto farão aqueles que, dizendo-se civilizadores, procuram impingir lenda e teorias que de civilização têm apenas o nome, para que possam destruir o verme roedor que torna cancerosas todas as feridas, que, embora pequeninas, vão-se impregnando nas almas.
Para que possam, portanto, exterminar a praga que grassa atualmente, qual seja a imoralidade, era preciso que se desse um baque bem grande nos principais cabeças, a fim de que do alto viesse o exemplo e castigos, sim, fossem infringidos àqueles que saíssem das normas prescritas pelos ditos civilizadores, que então o seriam de fato. Mas, enquanto , se limitarem a teorias, enquanto deixarem condescender com este ou com aquele, nada adianta, nem tampouco o progresso planetário, nem tampouco a vivacidade das almas encarnadas.

Quanto mais vivas elas são, mais depressa se perdem; quanto mais vivas elas são, mais depressa se tornam infelizes e desgraçadas; era necessário que uma grande transformação se desse e que, dentro dessa transformação, todos medissem a sua norma de vida, a fim de que pudessem modificar, remodelar usos e costumes. E, no entanto, na opinião de algures, entendem que todo esse embaralhar de coisas, todo esse vai-e-vem, todo esse aviamento, toda essa confusão que atualmente se estabelece entre o ser humano, tudo isso é prova de progresso, tudo isso é da época, e era preciso que ela se desse, porque a humanidade já vivia em grande marasmo e era necessário que esse marasmo deixasse de existir para dar vida ao planeta, que parecia dormir em vista da civilização e assim, hoje, em um país, amanhã em outro e depois ainda em outro, vai-se pouco a pouco propagando não a civilização, mas, sim, a imoralidade e a prostituição.

A civilização era necessária sim, mas uma civilização de acordo com uma educação aprimorada, mas não uma educação de livres costumes, de livre independência.

Era preciso que essa independência fosse compreendida e, à medida que o planeta progride, e, à medida que invenções novas em auxílio do homem se propagam, fosse também a humanidade se modificando, tendo honradez, honestidade, austeridade e educação, então, sim, seria um fato a civilização.

Mas se até aqueles que educados foram em sãos princípios, em bases sólidas de honradez, hoje, tornam-se semelhantes a qualquer um que, não tendo bebido aquilo que beberam, se entregam da mesma maneira à satisfação de todos os prazeres. E há criaturas tão desejosas de saciar esses prazeres, tão desejosas de gozar, que se negam terminantemente ao esclarecimento da Verdade.

Sabem que ela existe, mas não querem em absoluto segui-la; sabem que as suas condições são precárias, mas não se dobram à evidência dos fatos e querem sempre se destacar por aquilo que não devem. Logo, amigos, enquanto a humanidade se conservar escrava do preconceito social e assim escrava da ignorância, pouco adianta a sua estadia no planeta Terra, o esclarecimento da Verdade não se pode fazer tão depressa como nós queríamos, porque, infelizmente, faltam instrumentos; todos cansam no meio da viagem, todos fraquejam ao primeiro ataque e nós somos obrigados a lançar mão de instrumentos mancos e mancos mesmo, a fim de que possamos dar alguma coisa, mas, tudo caminha conforme é preciso e assim, de ano e ano, iremos semeando cada vez mais até que possam aqueles que têm boa vontade de formar outros, que boa vontade também demonstrem e assim se possam assenhorar do verdadeiro diamante sem jaça que lhes oferece a Doutrina.

Procurai portanto, instruir-vos cada vez mais, procurai ler, procurando conhecer aquilo que não conheceis materialmente falando, porque espiritualmente, tendes tido tudo, tudo porque possuís a chave de todos os problemas, de todos os segredos e só vos basta desdobrá-los e isso, desde que tenhais conhecimentos vários sobre a vida terrena, sobre a psicologia humana, com facilidade os desdobrareis.
Estudai, portanto, aperfeiçoai-vos, porque o momento é crítico, mas se muito ainda estudardes, encontrareis sempre assuntos a desvendar, a multiplicar, a diminuir e enfim onde a vossa inteligência esclarecida possa encontrar e desvendar a Verdade verdadeira que deve irradiar por todo o Universo.

Poderá gostar de conhecer:

Vale a pena visitar