O
animal homem comedor de raízes, folhagens e pequenas presas, ao fugir para não
ser caçado, descobriu que era necessário lutar pela própria sobrevivência.
Ao
sentir dor, “gemeu”, mas ao mostrar seus dentes, aprendeu a “rosnar” e a
“grunhir”. Percebeu que, ao rosnar mais alto, intimidava seu predador e seu
rival, conquistou assim; seu território, seu alimento, o respeito do bando, e,
dominou sua fêmea.
Essa
disputa instintiva caracterizou a repetição de gestos, e, assim, os sinais do
corpo foram as primeiras formas de entendimento. Entre “gemidos” de dor,
“grunhidos”, “chiados” e “rosnados”, negando, afirmando, aprovando ou
desaprovando uma situação, caracterizou-se o início da comunicação primitiva.
O dom
da palavra surgiu dessa repetição de formas de gestos, crescendo no decorrer de
milênios, passo a passo, numa sequência de novos gestos, símbolos de bando para
bando, que repassaram-se de grupo para grupo.
Hoje a palavra é uma grande
conquista, que traduz a expressão de uma civilização.
A palavra progrediu,
expandiu-se entre as tribos e os povos, ganhou características próprias,
transformando-se em frases e idiomas, que revolucionaram os costumes, em
estilos diferentes de vida, formas de expressões que podem ser de tristeza,
sofrimento ou até mesmo de alegria por uma batalha pessoal vencida.